domingo, 15 de julho de 2007

Um pensamento!

Se eu tivesse de contar hoje a minha vida a alguém, poderia fazê-lo de tal maneira que me achariam uma mulher independente, corajosa e feliz. Nada disso: estou proibida de mencionar a única palavra que é muito mais importante do que os onze minutos – amor.
Durante toda a minha vida, entendi o amor como uma espécie de escravidão consentida. É mentira: a liberdade só existe quando ele está presente. Quem se entrega totalmente, quem se sente livre, ama plenamente.
E quem ama plenamente, sente-se livre.
Por causa disso, apesar de tudo o que posso viver, fazer, descobrir, nada faz sentido. Espero que este tempo passe depressa, para que eu possa voltar à busca de mim mesma – sob a forma de um homem que me entenda, que não me faça sofrer.
Mas que disparate é este de que falo? No amor, ninguém pode magoar ninguém, cada um de nós é responsável por aquilo que sente, e não podemos culpar o outro por isso.
(…) Hoje estou convencida de que ninguém perde ninguém, porque ninguém possui ninguém.
Essa é a verdadeira experiência da liberdade: ter a coisa mais importante do mundo, sem a possuir.

Paulo Coelho – Onze Minutos

Este texto não poderia expressar melhor aquilo que eu considero que é o amor e a maneira como o encaro e o vivo.
Esta liberdade que fala o texto, não a sinto só em relação ao amor que se possa sentir por outra pessoa, mas principalmente pela nossa vida, por nós próprios, pois esse amor acompanha-nos toda a nossa vida, 24 sobre 24 horas, e a maneira como este condiciona depois as nossas relações com os outros e porque não com o companheiro que escolhemos numa determinada altura para lado a lado percorrer esta caminhada que é a vida.

Confesso que nunca tinha lido nenhum livro deste autor, mas até estou a gostar, principalmente porque é um homem que se coloca no lugar de uma mulher e consegue chegar a um brilhante texto como este.

Esta minha opinião em relação à posse nem sempre é bem aceite, porque dizer à pessoa que está connosco que temos plena consciência de que ninguém é de ninguém e que o amor é eterno enquanto dura, pode dar uma imagem de não querer saber ou mesmo de desinteresse, mas não tem nada a ver. Que possa ser uma defesa até aceito, mas também acho que não, é simplesmente uma tomada de consciência de que o ser humano é dotado de livre arbítrio e o que hoje é para nós uma verdade absoluta, amanhã pode não ser…

Porque afinal tudo o que é material é tão efémero…
Diva

5 comentários:

Anónimo disse...

A liberdade é um bem precioso e se alguma vez me tirem isso , deixarei de ser a Musa , para ser uma Musa casada e amarrada ao marido!! Liberdade pra amar!! Liberdade pra sermos nos proprios e amar-mos o outro!! Viva a Liberdade!!

Bjos
Musa

Diva disse...

Lê outra vez o texto porque acho que não percebeste muito bem!!!

Musa disse...

Claro que percebi!! Tava a gozar!!
Pk nao falta prai gente que nao percebe isto e vive como que amarrado aos maridos e esposas, vivendo a vida em sacrificio, sem serem eles proprios e depois bummm!!! Divorcios e Infidelidade!!

Anónimo disse...

...quando eu era puto (já há muuuuuitos anos atrás) ia, volta e e meia, de arrasto à cabeleireira com a minha mãe; por lá, para passar o tempo, folheava umas revistas que se amontoavam nas mesas: as saudosas "fotonovelas" que a modernidade, a net, a tv, etc, acabaram por matar; destas destacava-se uma publicação (já nem me recordo dos editores daquilo) que se chamava "corin tellado"; é isso que é o paulo coelho: literatura de aeroporto, literatura light, os nomes variam; eu chamo ao que pc publica outro nome, lixo...acho aquilo duma vacuidade mental confrangedora! desculpem lá o desabafo...

Diva disse...

Caro RG o que escreves é a tua opinião e não tens de pedir desculpa por isso!

Eu nunca tinha lido nenhum livro deste autor, e para tecer uma opinião, não vejo outra hipótese senão por mão à obra e ler para saber!

Este trecho que transcrevi, não foi mais do que um mote para eu própria escrever sobre uma opinião minha sobre o assunto. Foi deste autor como poderia ser do Topo Gigio, desde que me fizesse associar a alguma coisa que me parecesse pertinente escrever sobre ela.

Em relação a esta tua frase “literatura de aeroporto, literatura light, os nomes variam;” concordo plenamente, eu própria já tive de ler coisas com muito mais conteúdo.

No que toca ao resto terei mesmo de acabar de ler, para te poder dizer alguma coisa, mas como ainda estou a menos de meio do livro e estou a ler outras coisas em simultâneo, o mais provável é esquecer-me, se quiseres muito saber a minha opinião, diz qualquer coisa!!!

Eheheh

Obrigado plo coment, e volta sempre…